12 Segredos revelados da Exposição Castelo Rá-Tim-Bum
O dia 9 de maio de 1994 marcou a estreia do programa infantil mais didático e lúdico de todos os tempos. E eu que nasci nesse ano e cresci assistindo as aventuras de Nino, Biba, Pedro e Zequinha, não podia deixar de conferir a Exposição Castelo Rá-Tim-Bum.
Apesar de só terem sido gravados 90 episódios, eles exigiram 5 mil horas de gravação e o trabalho de 250 funcionários. Mas para mim parece que foram muito mais episódios, porque eu assistia mil vezes cada um deles.
E você também era fã do aprendiz de feiticeiro de 300 anos que morava com seu tio Victor, a tia Morgana e os outros personagens do Castelo? Então, vem comigo descobrir os maiores segredos dos bastidores que são revelados para quem visita a megaexposição.
Klift, Kloft, Still e a porta se abriu!
Como é a Exposição Castelo Rá-Tim-Bum
Em primeiro lugar, já deixo bem claro que tudo que mexe com a nossa memória e a nossa infância, já ganha nosso coração, não é? Então, com essa megaexposição não podia ser diferente.
Ela é itinerante e realizada pela empresa Acervo 21, em parceria com a TV Cultura e com o Iguatemi Esplanada. Já passou por dez cidades, sendo elas: São Paulo, Campinas, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, São José do Rio Preto, Praia Grande, Brasília, São José dos Campos, Porto Alegre e Sorocaba. Quando eu fui, estava em São Paulo, no Memorial da América Latina. Já fiquei encantada antes mesmo de entrar.
Mas pouca gente sabe a surpresa que terá indo antes do horário de seu convite. A cada meia hora entra uma turma e sempre ocorre uma exibição antes do seu horário. Se trata de um espetáculo com músicas e projeções no Castelo. Eu mesma não sabia e estava lá na praça de alimentação. Quando eu escutei o “Bum, bum, bum, Castelo Rá-Tim-Bum”, saí correndo pra assistir.
Por sorte, consegui assistir inteiro e ainda gravei um vídeo. Você pode – e deve – conferir abaixo.
Entrando no Castelo
Ao entrar no Castelo Rá-Tim-Bum, a exposição é dividida em duas partes. Primeiramente, você confere algumas peças do acervo, que inclui fotografias, roteiros originais, figurinos e até vê os bonecos usados no programa. Olha o Gato Pintado aí, que recitava poemas da Cecília Meirelles, Arnaldo Antunes e muitos outros autores.
A segunda parte é um passeio por todos os dez cenários do Castelo, desde a Biblioteca, a Sala de Música, o Laboratório de Tíbio e Perônio, o quarto do Nino, o quarto da tia Morgana até, pasmem, o Lustre do Castelo.
O destaque, sem dúvida, é para a interatividade. Quer tirar um livro da estante da Biblioteca? Ele até fala. Quer tocar uma música no piano? Pode, é só pedalar! E quem nunca quis abrir as portinhas da cozinha quando era criança? Agora seu sonho vai se realizar. Elas escondem imagens dos bastidores de gravação do Castelo Rá-Tim-Bum.
É claro que, por questões de cuidado com objetos que podem quebrar ou sujar facilmente, existem alguns lugares com a plaquinha para não sentar. Mas isso não tira em nada a beleza de conhecer o ambiente.
Curiosidades do Castelo Rá-Tim-Bum
Mesmo que você só olhe o Castelo Rá-Tim-Bum por dentro, já vai se encantar. Mas para quem explora a exposição e lê os cartazes, o passeio é muito mais legal. São tantas curiosidade para extrair, mas aqui listei as principais.
1) O nome do programa seria Castelo do Doutor Victor ou Castelo Encantado – tem até um roteiro pendurado na parede com esse nome. Mas a mudança aconteceu porque a Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) conseguiu um enorme retorno institucional patrocinando Rá-Tim-Bum e, por isso, quis manter o nome;
2) A ideia dos criadores Cao Hamburger e Flávio de Souza era que o castelo seria apenas um dos cenários do programa. Haveria também uma vila e uma escola. Mas isso foi descartado porque era muito caro. Que bom, na minha opinião, porque ia virar uma espécie de Chaves. AMO Chaves, mas cada programa merece ter a sua identidade, né? 😉
3) Mesmo com essa mudança para economizar, o orçamento do Castelo Rá-Tim-Bum foi de US$ 2,5 milhões. Contudo, esse custo foi dividido meio a meio pela Fiesp e pela TV Cultura e um dos motivos de ter ficado tão caro é que o cenário interno foi um dos únicos da TV construído em 360 graus. Ou seja, a câmera podia girar para qualquer lado lá dentro, ninguém nunca veria os bastidores da gravação.
4) Além disso, outro motivo do orçamento alto foram os 800 figurinos usados no programa.
5) Tap e Flap eram os únicos personagens que tinham dublês. Isto é, as versões simplificadas dos sapatos não possuíam componentes eletrônicos e eram usadas nas cenas em que eles caíam da escada 😀 😀 😀 hahahah morri de rir com essa informação. Olha eles aí, já bem surradinhos, coitados.
6) Era para a atriz Denise Fraga interpretar a repórter Penélope. Mas parece que não deu muito certo…
7) Tíbio e Perônio não eram gêmeos! Entretanto, os atores Flávio de Souza e Henrique Stroeter eram tão bem maquiados que até eles não sabiam quem estava sendo filmado. Então, eles precisavam se mexer para conseguir identificar a si mesmo nos monitores. Estou em choque com essa informação até agora!
8) O personagem do Tio Victor foi inspirado no Frankstein e seu bigode foi inspirado em Salvador Dali. Tudo a ver uma coisa com a outra, né? Não! Rss
9) O personagem do Mau foi o mais remodelado, passando por nove versões até definir o boneco final.
10) Para elaborar o relógio do Castelo Rá-Tim-Bum, a equipe se inspirou no apresentador Chacrinha. Por isso, ele tem óculos e gravata.
11) O Castelo Rá-Tim-Bum foi ao ar de 1994 a 1997 e, nesses 3 anos, a música Lavar as Mãos só tocou em 16 episódios diferentes! Mas eu, que vi 400 milhões de vezes, cantei a música muito mais do que isso. Alô mãe, alô Dani, vocês lembram que a gente rolava no chão dançando? Saudades!
12) A árvore da Celeste tinha 6 metros de altura e 5 metros de largura :O
Além disso, nessa escada maravilhosa, você pode subir para o quarto de Ana Morgana Maria Gioconda Teresa Cecília Luísa Astrobaldo Demétrio Fonseca Stradivarius Victorius – a tia Morgana.
Como comprar o ingresso?
Como eu disse anteriormente, a exposição é itinerante. Para saber onde ela se encontra e comprar os ingressos, acesse o site oficial.
Os valores podem sofrer alteração por cidade, mas via de regra, giram em torno de:
R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia) – de terça a sexta-feira
R$ 24,00 (inteira) e R$ 12,00 (meia) – aos finais de semana
Às segundas-feiras, a exposição não funciona.
Atenção para os horários dos ingressos. Eles têm hora marcada e a tolerância para atrasos é de 15 minutos. Se passar desse horário, não tem direito a remarcação e nem reembolso. Mas caso tenha comprado e não possa comparecer, para ter direito ao reembolso, é necessário avisar com antecedência de 48 horas úteis.
Quem tem direito a pagar meia entrada?
- Idosos com mais de 60 anos, desde que mostrem o documento de identidade;
- Jovens com até 29 anos, desde que pertençam a famílias com baixa renda e sejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico);
- Crianças de três a 12 anos, desde que apresentem documento com foto;
- Estudantes, com apresentação da carteirinha, desde que ela esteja dentro da validade e com foto;
- Professores e profissionais de escolas públicas e particulares, desde que apresentem documento de identidade e carteira da Secretaria de Educação ou Holerite;
- Policiais Militares, Civis e Bombeiros, desde que apresentem o contracheque que comprove a profissão e documento com foto;
- Servidores públicos, mediante comprovação;
- Pessoas com deficiência + 01 acompanhante
Quem entra de graça?
- Crianças com até 2 anos e 11 meses, mas somente acompanhadas dos pais ou responsável legal
Lições que o Castelo ensinou de forma didática e lúdica
Na minha opinião, o Castelo Rá-Tim-Bum deveria ser um programa atemporal. As crianças de hoje deveriam assistir o programa de maior sucesso da televisão brasileira para aprenderem lições de cultura, cidadania e higiene de forma didática e lúdica.
A série não é nem um pouco cansativa e carrega muitos aprendizados por trás do “porque sim não é resposta”. Por isso, minha indicação é que procurem os vídeos disponibilizados na internet e mostrem aos seus filhos. Mais do que ajudar a educar, o Castelo vai te proporcionar momentos muito divertidos em família.
Seu filho vai aprender o som dos instrumentos com os famosos passarinhos que entoavam a canção “Que som, que som é esse? Quem sabe o nome dele??“. Ele vai descobrir que o ato de escovar os dentes, lavar as mãos e tomar banho é muito legal e bom para saúde, mas sempre lavando o pé, o pescoço, o tórax, o bumbum e também o “fazedor de xixi”.
As crianças vão aprender várias experiências para desenvolver a coordenação motora e, por fim, uma lição mega importante. Eles vão aprender, desde pequenos, a respeitar as diferenças. Quem lembra do episódio da Zula, a menina azul? A primeira vista, ela foi rejeitada pela sua cor. Mas ao longo do episódio, as crianças mostram que o que importa são as qualidades de cada pessoa. O mesmo aconteceu com o amado alienígena Etevaldo.
Lojinha do Castelo Rá-Tim-Bum
Certamente você não vai sair de uma exposição dessas sem levar nenhuma lembrança pra casa. As melhores lembranças são aquelas que guardamos na memória, mas quem resiste a um chaveiro? Ou um ímã de geladeira?
Atualmente, existem mais de 1.200 produtos licenciados com a marca Castelo Rá-Tim-Bum. Ao final da exposição, você cairá dentro de uma loja. Eu, por exemplo, comprei um chaveiro emborrachado que custou R$ 8 reais. Se você não comprou no dia e agora está morrendo de vontade, pode adquirir pela loja online da TV Cultura.
Você já conseguiu relembrar momentos felizes da sua infância lendo meu post? Então, escreve um comentário me contando o que você mais curtia em O Castelo Rá-Tim-Bum. Ah! Não se esqueça de compartilhar o artigo com os amigos.
Beijos, Desi